O Sopro da Vida


Ah como a vida é um sopro, meu avô costumava dizer que somos uma vela podemos nos apagar a qualquer momento. 

E durante a vida não costumamos pensar sobre isso, sobre como a vida é efêmera, sobre como podemos não conversar mais com nossos amigos amanhã, como podemos não ter tempo de abraçar a quem amamos e como podemos simplesmente ir embora.

Eu não era profunda conhecedora do trabalho do ator Domingos Montagner, mas sempre gostei dele, principalmente na novela Salve Jorge. Realmente era uma pessoa muito simpática e querida por onde passava.

Sua morte me pegou de surpresa, como geralmente costuma acontecer. Quando alguém morre nós nunca estamos preparados, mesmo que racionalmente saibamos que pode acontecer. Nunca tive uma boa reação a situações assim, a morte sempre me choca muito e por isso queria falar sobre isso, ajuda muito escrever.

Rejai, meu companheiro neste blog, sempre diz que eu tenho muita empatia, empatia demais. Quando acontece algo assim eu sempre fico triste como se fosse comigo, mas não deixa de ser. Essa é uma das razões porque não gosto de ficar vendo jornal nem esses programas de desgraça garantida, só serve pra ficar estressado e irritado.

Já convivo com a minha cota de situações difíceis com os processos criminais e ao pegar cada processo leio tudo e me sinto solidária com a situação de todos ali, não é porque quero que a lei seja aplicada ao réu que fico alheia às mazelas do dia a dia. Aliás, sempre sinto.

O único ensinamento que posso retirar dessa situação é que devemos viver com intensidade a cada dia, não deixar arestas e viver mais focados no que realmente importa. Cuidar daqueles que amamos, não viver ofuscado pelas tarefas do dia a dia, dedicar nossa existência passageira àquilo que realmente interessa.

Por vezes, deixamos de lado essa convivência para cuidar do trabalho, resolver os problemas, as pendências, dedique seu tempo para aqueles que ama, no mínimo, na mesma intensidade.

Boa semana! 

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